O luto invisível: quando morar fora significa perder coisas que ninguém vê
Cleyre Messias
7 de mar.
1 min de leitura
Aniversários de pessoas queridas, celebrações especiais, a chegada de um novo membro na família... Como é bom compartilhar esses momentos com quem amamos! Estar presente nessas ocasiões nos enche de alegria e reforça nossos laços.
Mas quando escolhemos viver longe, seja em outra cidade ou até em outro país, nem sempre conseguimos estar fisicamente nessas datas importantes. O que antes significava felicidade pode se transformar em um sentimento de saudade, de perda – a dor de um instante que não se repetirá.
Essas ausências podem ser vividas como pequenos lutos. São despedidas silenciosas de momentos que gostaríamos de ter vivido ao lado de quem amamos. E, muitas vezes, as redes sociais amplificam essa sensação, mostrando versões idealizadas dessas celebrações, intensificando a dor da distância.
E quando a perda não é apenas simbólica, mas real? A despedida definitiva de alguém querido, sem a possibilidade de um último abraço, de estar junto nos ritos que ajudam a elaborar o luto? Nesses momentos, a dor pode parecer ainda mais solitária.
Se você sente o peso dessas ausências, saiba que não precisa enfrentá-las sozinho. A psicanálise oferece um espaço de acolhimento e escuta, ajudando a dar sentido a essas perdas e a elaborar os sentimentos que surgem diante da distância e do luto. Com o tempo, esse trabalho pode permitir que você ressignifique esses momentos e encontre novas formas de estar presente na vida daqueles que ama, mesmo que de longe. Assim, pouco a pouco, é possível reconstruir um equilíbrio emocional que traga mais harmonia e serenidade.